Apresentação
Em colaboração com médicos experientes de outras especialidades, desenvolvemos um plano de tratamento individualizado e avançado na área dos tumores cerebrais, de forma a oferecer o melhor tratamento possível ao doente e à sua família.
Corpo Clínico
Neurocirurgião é um médico especializado na remoção de todos os tipos de tumores cerebrais, utilizando os últimos avanços tecnológicos (técnica de fluorescência com Gliolan, cirurgia acordada, mapeamento cerebral, biópsia cerebral frameless, neuronavegação, monitorização neurofisiológica, microcirurgia, etc).
Neuro-oncologista é o médico que coordena os tratamentos após a remoção/biópsia tumoral, podendo envolver quimioterapia, radioterapia/radiocirurgia/gamma-knife ou tratamentos experimentais (ensaios clínicos).
Neurocirurgia - Dr. Nuno Morais
Neuro-Oncologia
Radioterapia/Radiocirurgia/Gamma-Knife
Neurofisiologia
Neuropatologia
Neuropsicologia
Medicina Física e Reabilitação
Terapia da Fala
Consulta da Dor
Neurologia (consulta de epilepsia)
Neuroradiologia
Nutrição
Psiquiatria e Psicologia (para o doente e família)
Cuidados Paliativos
Cuidados Paliativos no Domicílio
Consulta de Grupo Oncológico (tumores cerebrais)
Tipos de Tumores Cerebrais
Os tumores cerebrais são classificados com base na célula que lhes dá origem no sistema nervoso central, com o aspecto das células ao microscópio e com a sua caracterização genética, o que determina o seu grau de malignidade.
Graus dos tumores cerebrais:
Grau I - o tumor de grau I é um tumor de crescimento lento, em que as células se parecem muito com as células de origem. Este tumor espalha-se pouco nos tecidos circundantes e pode ser curado pela cirurgia
Grau II - o tumor de grau II é um tumor que cresce devagar, pode espalhar-se aos tecidos circundantes e reaparecer. Alguns destes tumores podem passar a ser de alto grau, após transformação
Grau III - o tumor cresce depressa e pode espalhar-se ao tecido circundante e as células são diferentes das células normais
Grau IV - o tumor cresce e espalha-se depressa, as células não parecem células normais, havendo zonas de células mortas no tumor
Tipos de tumores cerebrais:
Astrocitoma pilocítico - é um tumor de grau I que cresce devagar no tronco cerebral ou na medula. Pode ter uma forma quística e raramente se espalha para os tecidos circundantes
Oligodendroglioma - é um tumor de grau II, cresce devagar e espalha-se para os tecidos circundantes
Oligoastrocitoma - é um tumor de grau II que cresce devagar
Astrocitoma difuso - é um tumor de grau II que cresce devagar mas pode-se espalhar para os tecidos circundantes
Oligodendroglioma anaplásico - é um tumor de grau III que cresce depressa e espalha-se para os tecidos circundantes
Oligoastrocitoma anaplásico - é um tumor de grau III que cresce depressa e espalha-se para os tecidos circundantes. Este tumor tem pior prognóstico que o oligoastrocitoma
Astrocitoma anaplásico - é um tumor de grau III que cresce depressa e espalha-se para os tecidos circundantes
Glioblastoma - também chamado glioblastoma multiforme. É um tumor de grau IV, cresce e espalha-se depressa e reaparece depois de tratado
Glioma do tronco cerebral - este tumor é geralmente de alto grau, forma-se no tronco cerebral. Este tumor espalha-se e é difícil de tratar. É pouco frequente em adultos
Meningiomas - estes tumores formam-se nas meninges que são membranas que envolvem o sistema nervoso central. Podem ser de grau I, II ou III. São mais comuns os meningiomas de grau I
Há outros tipos de tumores cerebrais menos frequentes: tumores ependimários, tumores da hipófise, tumores da região pineal, schwannoma do acústico, meduloblastomas e craniofaringiomas.
Sintomas Sugestivos de Tumores Cerebrais
Os sintomas dos tumores cerebrais não são exclusivos destes tumores, podendo aparecer noutras doenças. O facto de ter um ou mais dos sintomas aqui descritos não significa que tem um tumor cerebral.
Deverá estar atento e consultar o seu médico se tiver os seguintes sintomas:
- dor de cabeça matinal ou dor de cabeça que desaparece depois de vomitar
- náuseas e vómitos frequentes
- perda de apetite
- problemas de visão, audição ou de expressão verbal
- perda de equilíbrio ou dificuldade em andar
- quebra do estado geral
- sonolência excessiva ou alteração da atividade habitual
- alteração da personalidade, humor, capacidade de concentração ou do comportamento
- convulsões
Diagnóstico Tumor Cerebral
Num doente com suspeita de tumor cerebral podem ser pedidos exames para diagnosticar a doença.
Para fazer o diagnóstico usam-se exames que examinam o sistema nervoso central, tais como:
- exame clínico e exame neurológico. O exame neurológico avalia a função do sistema nervoso, mais especificamente: funções cognitivas, coordenação, marcha, funcionamento dos músculos, sentidos e reflexos
- exame aos campos visuais para ver se a visão está alterada
- análises gerais
- exames radiológicos como a TAC, a Ressonância Magnética e a angiografia. Pode ser feita espectroscopia para se avaliar o comportamento biológico do tumor
- exames de Medicina Nuclear como o SPECT e PET
- biópsia - é fundamental obter um pequeno fragmento do tumor para se fazer o diagnóstico e determinar o tipo de tumor
Tratamento dos Tumores Cerebrais
A cirurgia é o tratamento de primeira-linha para a maioria dos doentes com tumores cerebrais.
O objectivo da cirurgia é a remover o tumor o máximo possível, protegendo as funções críticas cerebrais, a chamada “máxima remoção segura”.
Em regra, a remoção completa do tumor relaciona-se com um melhor prognóstico e uma maior sobrevida.
No entanto, dependendo do tamanho, localização e outras características do tumor, a remoção total pode não ser possível.
Muitas vezes, a quimioterapia e a radioterapia/radiocirurgia/gamma-knife/radioterapia por protões são usados como suplemento à cirurgia, em especial para tratar tumores residuais ou tumores recorrentes.
Usando as mais recentes técnicas de imagem, monitorização neurofisiológica, técnicas cirúrgicas avançadas e sistema de neuronavegação, é possível realizar os mais complexos procedimentos cirúrgicos com segurança.
A experiência do neurocirurgião, entre outros factores, pode influenciar a extensão da remoção tumoral.
A minha constante actualização e procura de melhoria do desempenho tem levado a uma mais completa, efectiva e segura remoção dos tumores cerebrais.
Técnicas cirúrgicas das quais disponho dos meios, experiência e conhecimento para aplicação nos pacientes:
Técnica de fluorescência 5-ALA (Gliolan) intra-operatória
Mapeamento cerebral
Neuronavegação
Monitorização neurofisiológica intra-operatória
Tendo em conta a caracterização do tipo de tumor cerebral, avaliamos com uma equipa clínica multidisciplinar o melhor tratamento a seguir.
As opções podem incluir a cirurgia, o tratamento por radioterapia/radiocirurgia/gamma-Knife e a quimioterapia, por si só ou de forma combinada.
Tumores cerebrais recorrentes
Não há terapêutica standard para tumores cerebrais recorrentes. O tratamento depende da condição do doente, dos efeitos secundários expectáveis, da localização cerebral da lesão e da possibilidade de poder ser removido por cirurgia. O tratamento pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Tumores cerebrais metastáticos (metástases cerebrais)
O tratamento das metástases cerebrais pode incluir algumas das opções que a seguir se descrevem.
Metástase única:
- radioterapia de todo o cérebro (holocraneana)
- radiocirurgia estereotáxica
- cirurgia seguida de radioterapia
Metástases múltiplas:
- radioterapia de todo o cérebro (holocraneana)
- radiocirurgia estereotáxica
- uma combinação das duas últimas
- quimioterapia direccionada ao tipo de tumor primário (por exemplo: cancro do pulmão ou cancro da mama).
Os doentes que tiveram um tumor cerebral deverão ser seguidos regularmente em consulta por um neurocirurgião e neuro-oncologista, sendo solicitados regularmente exames ao cérebro, geralmente a Ressonância Magnética.
Consulta de Segunda-Opinião
Antes de qualquer procedimento cirúrgico, poderá aconselhar-se connosco para determinar se o plano de tratamento proposto é o mais adequado e mais avançado para o seu caso em particular.
Para uma melhor análise do seu caso particular, deve ser portador de toda a informação clínica disponível, nomeadamente o CD e relatório da Ressonância Magnética.